terça-feira, 10 de abril de 2012

Pecado


Inicio
O maior obstáculo entre o homem e Deus, é o pecado. No principio o homem  tinha um relacionamento saudável com Deus.
Logo ao criar o homem, o Senhor se prontificou antecipadamente a criar o Jardim do Édem para guarda-lo e cultivar a terra. Também lhe criou uma companheira, uma auxiliadora. Essas duas situações nos revela sobre o amor e o cuidado de Deus para com o homem.
      Até então as coisas estavam bem no relacionamento entre criador e criatura, pois quando Deus criou o lugar favorável Deus deu ordem dizendo: “De toda a árvore do jardim podes comer livremente; mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dessa não comerás porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás”. (Gn 2:16,17)

Quebra de contrato

        Certo dia o homem deixa de dar ouvidos a voz de Deus, e decide dar ouvidos a uma serpente, que de maneira muito sagaz lança dúvidas a respeito da árvore do conhecimento  ao seu coração. Diante da dúvida proposta por satanás, decidem comer do fruto proibido e desobedecendo a ordem a de Deus, nesse momento acontece a quebra de contrato gerando um grande abismo entre Deus e o homem, um abismo chamado pecado, causando separação entre criatura e Criador.

Oportunidade para tratar o pecado

Mas chamou o Senhor Deus ao homem, e perguntou-lhe: Onde estás? Respondeu-lhe o homem: Ouvi a tua voz no jardim e tive medo, porque estava nu; e escondi-me. (Gn 3:9, 10)
O que Adão faz no princípio é o que muitas pessoas fazem hoje, é a chamada tentativa de esconder-se de Deus. O homem tente se esconder por vergonha, medo e principalmente para não dar a Deus satisfações ou prestar contas de seus atos e atitudes diante de Deus. E esconder de Deus é uma tentativa frustrada, pois a Palavra do Senhor no diz: “E não há criatura que não seja manifesta na sua presença; pelo contrário, todas as coisas estão descoberta e patentes aos olhos daquele a quem havemos de prestar contas.” (Hb 4:13) Não adianta se esconder de Deus, todas as coisas estão patentes aos olhos de Deus, e não existe nenhum lugar que você possa se esconder d’Ele.
Não tenha a mesma ideia que Adão teve, ao contrário, tenha disponibilidade de se apresentar diante Deus, para prestar contas de seus atos.




Assuma seus atos

Adão se encontra diante de duas perguntas feita por Deus: “Quem te fez saber que estava nu? Comeste da árvore de que te ordenei que não comesses?” (Gn 3:11). Deus estava dando uma oportunidade de confissão, uma oportunidade para o homem reconhecer que tinha pecado contra Deus. O que nós vemos no decorrer do texto, é o homem jogando fora uma oportunidade dada por Deus, para que Adão pudesse reconhecer o seu pecado e confessá-lo. Adão por sua vez joga fora a oportunidade de confessar o seu pecado, dada por Deus, antes lança a culpa sobre a mulher e no próprio Deus, quando ele diz: “a mulher que tu me destes” ( grifo do autor Gn 3:12), Adão preferiu se despir da culpa, e vesti-la sobre outras pessoas. A mesma coisa acontece com Eva a mulher que Deus deu a Adão. Eva também teve oportunidade dada por Deus. O Senhor pergunta a Eva: “Que é isto que fizeste?” (Gn 3:13). Eva parece que aprendeu com Adão a despir-se da culpa e vesti-la em outro, sua resposta foi: “A serpente me enganou e eu comi.” (Gn 3:13). Observe que Eva usa o mesmo princípio que Adão usou.
O que vemos diante dessa, é dificuldade que o homem em de assumir os seus atos, de reconhecer os pecados que tem praticado contra Deus, sempre lançando a culpa sobre o próximo.

CONSEQUÊNCIAS DO PECADO

Tanto a serpente, quanto Adão e Eva, sofreram as consequências da suas atitudes, podemos ver de forma clara isso explicito no texto (cf Gn 3:14-19).
Todo pecado tem suas consequências. Poderíamos citar várias consequências do pecado, mas vamos nos atentar apenas em três.

Perdendo a presença de Deus

Ex 33:3  “Sobe para uma terra que mana leite e mel; eu não subirei no meio de ti, por que és povo de dura cerviz, para que não te consuma eu no caminho”.

Deus perdeu o prazer de estar no meio do seu povo, por conta do orgulho d e dureza de coração, pois o povo não reconhecia Deus como seu Senhor, tinham dificuldades de servi-lo, e a consequência do pecado de orgulho e a dura cerviz, foi o desejo de Deus abandona-los, ou seja, Deus não queria estar no meio deles.



O pecado nos leva a derrota

Js 7:11,12 “Israel pecou; eles transgrediram o meu pacto que lhes tinha ordenado, tomaram do anátema, furtaram-no e, dissimulando, esconderam-no entre a sua bagagem. Por isso os filhos de Israel não puderam subsistir perante os seus inimigos, viraram as costas diante deles, porquanto se fizeram anátema. Não serei mais convosco, se não destruirdes o anátema no meio de vós”.
Deus tinha dado uma promessa a Josué, que durante a sua campanha para a conquista da terra prometida dizendo: “Ninguém poderá te resistir todos os dias da tua vida, assim como fui com o meu servo Moisés serei contigo, não te deixarei nem te desampararei” (Js 1:5).
Logo após a conquista de Jericó, uma cidade fortificada e rigorosamente fechada, Israel perde uma batalha para a cidade de Ai, que era uma cidade relativamente menor e menos protegida que Jericó.
O pecado de um homem levou todo o Israel a derrota, e Israel não pode vencer seus inimigos, enquanto não tratasse do pecado que estava no meio do povo.
        O pecado de Acã levou Israel pelo caminho da derrota, somente depois que o pecado de Acã foi tratado e tirado do meio do povo de Deus, Israel teve a possibilidade de vencer a cidade de Ai.

Separados de Deus

Is 59:2 “mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados esconderam o seu rosto de vós, de modo que não vos ouça”.
O pecado nos separa de Deus, nos impede de levar uma vida de comunhão com o criador, e está pode ser uma das piores consequências do pecado, que é a separação do homem com o seu criador. E o que é o homem separado de Deus?
Certamente separados de Deus não somos nada, e nem podemos nada, pois somos eternamente dependentes de Deus.


A ATITUDE DE DEUS

Após a conversa de Deus com Adão e Eva acerca do pecado que eles cometeram, Deus providenciou para eles, uma vestimenta com peles de animal, o que podemos observar que foi necessário um animal morrer, pra que lhes cobrissem a vergonha e promover reconciliação com Deus. (cf Gn 3:21).
“È o primeiro vestígio da exigência de divina de uma vítima sacrificial que ofereça uma cobertura capaz de promover a reconciliação”. Russel Shedd
Com essa atitude Deus está apontando par o futuro, para o sacrifício perfeito de Jesus.
Jo 3:16 “Por que Deus amou o mundo de tal maneira que eu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.
O amor e Deus é tão grande, que Ele entregou o seu único filho, para que através d’Ele pudéssemos transpor o abismo do pecado e nos unir a Ele. O seu único filho foi enviado para morrer por nós, e levar sobre Si as nossas dores e enfermidades, ser transpassados pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades e o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.( grifo do autor Is 53:4,5). Esta foi a atitude de Deus em relação ao pecado cometido pelo homem. Deus está sempre disposto a reestabelecer o relacionamento com homem, Ele tem sempre tomado a primeira atitude, podemos ver quando o homem pecou pela primeira vez, foi Deus que foi em direção do homem, foi Ele que resolveu procurá-lo, que os vestiu com peles de animal, e que criou um caminho através de rituais, e sacrifícios, pra que o homem, não se afastasse completamente de sua presença.

ATITUDES QUE DEVEMOS TOMAR


Reconhecer que o sacrifício de Cristo foi para nos reaproximar de Deus.

IPe 3:8 Porque também Cristo morreu uma só vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; sendo, na verdade, morto na carne, mas vivificado no espírito”;

Reconhecer que somos pecadores

        IJo 1:8 “Se dissermos que não temos pecado nenhum, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós”.

        Confessar o pecado

        IJo 1:9 “ Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”.

        Deixar o pecado

        Pv 28:13 “ O que encobre as transgressões nunca prosperará; mas as que confessa e deixa, alcançará misericórdia”.




quarta-feira, 28 de março de 2012


O USO APROPRIADO
DA BÍBLIA
A. W. Tozer
Gabar-se de que a Bíblia é o livro
mais vendido do mundo fica sem
sentido quando se entende o caráter e o
propósito da Bíblia.
O que conta não é o número de
Bíblias vendidas, nem mesmo quantas
pessoas a lêem; o que importa é quantos
de fato crêem naquilo que estão lendo e
se rendem em fé para viver pela verdade.
Menos que isso, e a Bíblia não tem
nenhum valor real a qualquer de nós.
Muito se diz, e corretamente,
sobre a superioridade da Bíblia como
literatura. São tão belas as palavras de
profeta e salmista, como também as de
nosso Senhor e de Seus apóstolos, que
dificilmente podem ser feitas menos que
belas, até mesmo pelo pior tradutor.
Qualquer palavra de louvor à beleza da
Versão Autorizada (aquela que
usualmente se escolhe para ler “como
literatura”) seria enfeitar artificialmente o
que já é belo ou acender uma vela ao sol,
por isso paro aqui mesmo. Mas estudar
as Escrituras unicamente por sua beleza
literária é perder completamente o
propósito para o qual foram escritas.
A Bíblia surgiu pela emergência
moral ocasionada pela queda do homem.
Ela é a voz de Deus chamando para casa
o homem que está no deserto do
pecado, ela é um mapa que orienta os
pródigos que estão voltando; ela é
instrução em justiça, luz nas trevas,
informação sobre Deus e o homem e a
vida e a morte e o céu e o inferno. Nela
Deus adverte, ordena, repreende,
promete, encoraja. Nela Deus oferece
salvação e vida através do Seu Filho
Eterno. E o destino de cada um depende
da resposta que dá à voz da Palavra.
Pelo fato de a Bíblia ser a espécie
de livro que ela é, não é possível
aproximar-se dela sem envolver-se, com
o simples objetivo de avaliá-la. “Ó terra,
terra, terra! Ouve a palavra do Senhor!” A
Palavra de Deus não é para ser apreciada
como alguém poderia apreciar uma
sinfonia de Beethoven ou um poema de
Wordsworth. Ela demanda imediata
ação, fé, submissão, execução. Até que
isso seja assegurado, ela não fez nada
benéfico para o leitor, mas apenas
aumentou a responsabilidade dele e
aprofundou o julgamento que há de vir.
Não há como descobrir com
segurança quantas Bíblias, dos milhões
comprados nos últimos anos, têm sido
lidas. Mas há uma forma segura de
descobrir quantos leitores estão
obedecendo ao que lêem. O total
compromisso ao seu ensino por parte de
algumas centenas de pessoas, em
qualquer parte do mundo, operaria uma
revolução moral que afetaria para o bem
toda e qualquer faceta da vida moderna.
Uma vez que nenhuma revolução dessa
espécie tem ocorrido, só podemos
concluir que o Best Seller não está sendo
lido, ou pelo menos não está recebendo
a obediência devida.
Em tempos de desastre como
num terremoto ou numa enchente, as
informações de primeiros-socorros e as
instruções das autoridades médicas
muitas vezes são questão de vida ou
morte. O que pensaríamos de um
homem, se o encontrássemos lendo esse
material apenas por sua beleza literária?

Ele poderia sentir arrepios estéticos com
a resumida e concisa linguagem, e ainda
morrer de febre tifóide, porque a vida
dele depende não de admirar as palavras
das instruções oficiais, mas da sua
obediência a elas.
Por mais ridícula que uma
conduta dessas possa parecer, contudo
algo semelhante é praticado
constantemente numa esfera onde as
conseqüências são infinitamente mais
severas. Homens que têm apenas um
momento para se preparar para o mundo
eterno lêem o único livro que pode lhes
dizer como fazê-lo – não para aprender
como se preparar, mas só para apreciar a
beleza literária do livro. Somente a
cegueira do coração provocada pelo
pecado pode fazer com que os homens
procedam assim.
Em anos recentes, a Bíblia tem
sido recomendada para muitos outros
propósitos diferentes do único para o
qual ela foi escrita. Os movimentos de
paz mental, por exemplo, manejam de tal
forma a encontrar nela óleo para as
atribuladas águas da alma, mas para fazer
isso funcionar eles têm, literalmente, de
selecionar, escolher, compreender mal e
usar de modo errado à vontade.
Contudo a Bíblia, quando lida honesta e
responsavelmente, produz paz mental,
mas somente depois de primeiro
conduzir o coração a um
arrependimento que freqüentemente é
qualquer coisa menos tranqüilo. Quando
a vida inteira é transformada moralmente
e o coração purificado do pecado, então
aquele que busca pode conhecer
verdadeira e legítima paz. Qualquer
manipulação das Escrituras para que
falem de paz ao homem natural é
diabólica e somente conduz à ruína.
Encontrei, certa vez, nas regiões
montanhosas do sul dos Estados
Unidos, algumas pessoas que usavam
certas passagens obscuras de Ezequiel
como encantamento para estancar
sangue após algum acidente. A Bíblia
também tem sido usada como livro-texto
de vendedores, e alguns de nós se
recordam que, durante a depressão de
1930, alguns líderes confusos sugeriram
que seria útil adotar as estratégias
econômicas de José no Egito para
ajudar-nos a sair do buraco.
Alguns anos atrás, era bastante
comum mestres de Bíblia alegar que
encontravam nas Escrituras confirmação
de praticamente cada nova descoberta
feita pela ciência. Aparentemente,
ninguém se dava conta de que o cientista
tinha de encontrá-la antes que o mestre
de Bíblia pudesse fazê-lo, e parece que
nunca ocorreu a ninguém perguntar por
quê, se isso estava ali na Bíblia de forma
tão simples, demorou alguns milhares de
anos e demandou a ajuda da ciência para
que alguém pudesse vê-lo.
Ora, eu creio que tudo o que está
na Bíblia é verdade, mas procurar fazer
dela o livro-texto da ciência é
compreendê-la mal de forma completa e
tragicamente. O propósito da Bíblia é
trazer homens a Cristo, torná-los santos
e prepará-los para o céu. Nisso ela é
única entre os livros, e ela sempre
cumpre o seu propósito quando é lida
com fé e obediência.
—Set of the Sail, The

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

DESERTO

Gn 21:14-21

    14 Levantou-se, pois, Abraão de madrugada, tomou pão e um odre de água, pô-los às costas de Agar, deu-lhe o menino e a despediu. Ela saiu, andando errante pelo deserto de Berseba.
 15 Tendo-se acabado a água do odre, colocou ela o menino debaixo de um dos arbustos

 16 e, afastando-se, foi sentar-se defronte, à distância de um tiro de arco; porque dizia: Assim, não verei morrer o menino; e, sentando-se em frente dele, levantou a voz e chorou.
 17 Deus, porém, ouviu a voz do menino; e o Anjo de Deus chamou do céu a Agar e lhe disse: Que tens, Agar? Não temas, porque Deus ouviu a voz do menino, daí onde está.
 18 Ergue-te, levanta o rapaz, segura-o pela mão, porque eu farei dele um grande povo.
 19 Abrindo-lhe Deus os olhos, viu ela um poço de água, e, indo a ele, encheu de água o odre, e deu de beber ao rapaz.
 20 Deus estava com o rapaz, que cresceu, habitou no deserto e se tornou flecheiro;
 21 habitou no deserto de Parã, e sua mãe o casou com uma mulher da terra do Egito.

    Vamos voltar um pouco na história de Abrão, para melhor entendermos.
    O que vamos relatar começa em Gn 15, quando Deus promete um filho a Abrão, e em Gn 16 Sarai vendo que não dava filhos a Abrão teve uma "grande ideia".
    A "grande ideia" de Sarai, era que Abrão tomasse Agar sua serva por mulher. E assim Abrão fez.
    E vendo Agar que havia concebido, foi sua senhora por ela desprezada.
    Sarai por sua vez,  humilhou a Agar, e ela fugiu da sua presença. É nesse momento de fuga, que o Senhor faz uma promessa ao filho da serva. Disse o Senhor: "Multiplicarei sobremodo a tua descendência, de maneira que, por numerosa, não será contada".Gn 16:10
    Abrão tinha oitenta e seis anos quando Ismael nasceu e cem anos quando Sarai deu a luz a Isaque.
    " Isaque nasceu e foi desmamado. Nesse dia em que o menino foi desmamado, deu Abraão um grande banquete. 
     Vendo Sara que o filho de Agar, a egípcia, o qual ela dera à luz a Abraão, caçoava de Isaque, disse a Abraão: Rejeita essa escrava e seu filho; porque o filho dessa escrava não será herdeiro com Isaque, meu filho. 
     Pareceu isso mui penoso aos olhos de Abraão, por causa de seu filho.
    Disse, porém, Deus a Abraão: não te pareça isso mal por causa do moço e por causa da tua serva; atende a Sara em tudo o que ela te disser; porque por Isaque será chamada a tua descendência".Gn 21:8-13
    Então Abraão despediu Agar, e na sua caminhada podemos tirar algumas lições.
    Aprendemos que o deserto não pode frustrar as promessas de Deus.

I- ELA SAIU ERRANTE PELO DESERTO DE BERSEBA v.14
    
    Sair errante pelo deserto é andar em círculos, sem saber onde está e sem saber pra onde ir, a pessoa caminha sem referência.
    Muitas vezes nas nossas vidas, quando entramos no deserto, temos as mesmas atitudes de Agar, começamos a andar em círculos e não chegamos a lugar algum.
    Você nunca teve essa sensação? De Andar em círculos. Fazemos de tudo, andamos para todos os lados e paramos no mesmo lugar, e observamos que não avançamos nenhum passo. Isso é mesmo que andar errante no deserto.

II- TENDO ACABADO A ÁGUA DO ODRE v.15

    Sabemos que a água é essencial para os seres humanos, principalmente quando estamos no deserto, pois ela age como reguladora de temperatura, diluidoras de sólidos e transportadora de nutrientes e resíduos por vários órgãos.
    Uma das maiores consequências, que sofremos quando estamos no deserto, é que ele acaba com tudo, que nos serve de sustento.
    A água de Agar acabou. E agora como continuar a caminhada sem o que é essencial. Agar se esquece da promessa e toma uma atitude radical.
    Cuidado! Quando estamos em tempo de escassez, tomamos atitudes radicais. Agar acabou desistindo de continuar a caminhada.

III- DESISTÊNCIA v.16

   O deserto fez com que Agar desistisse de sua caminhada. Ela colocou seu filho debaixo de um dos arbustos e ficou a uma distância de vento e cinquenta metros de distância, porque não queria ver seu filho morrer. Em outras palavras, Agar pediu a morte, ela não aguentava mais o deserto e as suas armadilhas e o desespero foi tão grande que ela desistiu, e simplesmente se preparou par ver a morte chegar. Agar desejou a morte, para ela era mais fácil morrer, que enfrentar o deserto.
    Quantos tem desistidos da promessa, no meio do caminho, quantos tem olhado para as dificuldades, no deserto e tem desejado a morte, pois dizem que não aguentam mais e clamam até para morrer.

IV- DEUS, PORÉM, OUVIU A VOZ DO MENINO v.17

    Este versículo nos leva ao entendimento que Ismael tinha conhecimento do Deus de seu pai Abraão, que provavelmente o tinha instruído acerca do seu Deus. É certo afirmar que Ismael no meio do deserto clamou a Deus de seu pai. Ismael tinha conhecimento que o Deus de seu pai Abraão, salva e opera milagres.
    Observe que está escrito "Deus porém ouviu a voz do menino", o que podemos dizer que as lágrimas e a voz de Agar, não foram direcionadas a Ele, e possivelmente aos seu deuses egípcios, ou então as suas lágrimas e sua voz não eram um pedido de socorro e sim de murmuração, por estar passando por todo aquele sofrimento. Pois é, as vezes choramos pedindo socorro, mas tem momentos que junto com nossas lágrimas de desespero vem a murmuração contra Deus.
    Deus com certeza ouvi a voz daquele que clama, pois em Jr 33:3 diz: " Invoca-me, e te responderei; anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas que não sabem".
    Deus com certeza ouviu a voz daquele menino que derramava lágrimas como pedido de socorro.

V- DELE FAREI UM GRANDE POVO v.18

    É incrível, mas, o deserto não é apenas um lugar de escassez, de sofrimento, dor e medo, no deserto também recebemos confirmação da promessa de Deus. No meio do deserto Ismael tem a confirmação da promessa em relação a sua vida que foi dada a sua mãe conforme Gn 16:10.
    Levanta-te, ergue-te, o que Deus prometeu, se cumprirá.

VI- ABRINDO-LHES DEUS OS OLHOS v.19

    O mais interessante neste versículo, é que Deus não envia um anjo para abrir o poço, e sim para abrir os olhos de Agar,e ela possa enxergar um poço que já estava lá. Aprendemos com isso que alguns sentimentos que acompanhavam Agar, fez com que ela se tornasse cega. Quem sabe o fato dela se sentir desprezada por Abraão, o medo de estar sozinha com uma criança, o desespero, a falta de esperança, e a ansiedade fizeram com que ela se tornasse cega. O calor do sol escaldante, a areia quente, a fome e a sede também contribuiriam para a tal cegueira.
    Um fato interessante, é que quando Agar entrou no deserto de Berseba, o poço já estava lá. 
    Glória seja dada a Deus! Pois mesmo antes de entrarmos no deserto, Ele já providenciou para cada um de nós o escape, o poço da salvação, onde saciaremos a nossa sede, e continuaremos a nossa caminhada rumo a promessa.

VII- PRESENÇA DE DEUS E CUMPRIMENTO DA PROMESSA v.20,21

    Mesmo no deserto, a presença de Deus era com o filho da serva. Deus não o abandonou, pois tinha feito uma promessa para ele. No deserto Ismael cresceu na presença de Deus, e todas as promessas de Deus, foram cumpridas na vida dele. Ismael casou-se com uma mulher egípcia e Deus fez dele uma grande nação.

    Portanto sabemos que o deserto é um lugar necessário, onde devemos passar. É correto afirmar que o deserto é um lugar de muitas armadilhas, que tentam nos fazer andar errantes, acaba com nossos sustentos, nos fazendo chorar e desistir. Tudo isso para nos afastar da presença de Deus.
    Mas também neste mesmo deserto recebemos confirmação das promessas de Deus, vivemos milagres, e andamos na presença de Deus.
    O deserto não pode nos impedir de vivermos a promessa de Deus.
    
    "Porque quantas são as promessas de Deus, tantas têm nele o sim; porquanto também por ele é o amém para a glória de Deus, por nosso intermédio" ICo 1:20
    

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Como está o seu altar?

ALTAR- Mesa ou pedra que serve para atos religiosos. Uma estrutura elevada sobre o qual o adorador, oferecia sacrifícios ou queimava incenso. Esta era a forma antiga de expressar a fé em Deus, o desejo de adorá-lo e a necessidade de um sacrifício pelo pecado.(pt.wikipedia.org/wiki/Altar)

    A maneira como se encontra o altar, nos revela como está o relacionamento com Deus. 
    I Rs 18:30, nos mostra que o altar onde se oferecia sacrifício ao Senhor estava destruído, e isso foi a consequência da maneira como as autoridades de Israel governavam o seu povo. Desde a cisão da nação de Israel, dividindo-a em dois reinos, até o momento em que Elias restaura o altar cf I Rs 18:30, o Reino do Norte já havia sido governado por seis reis e nesta ocasião estava sob a liderança do rei Acabe que era o sétimo rei a assumir o trono no Reino do Norte, já tinha se passado aproximadamente 75 anos  e nenhum dos governantes do Reino do norte teve compromisso com o Senhor, antes eram idólatras e levou todo o Israel pelo caminho da idolatria os afastando de Deus. Em consequência de uma administração de aproximadamente 75 anos, onde os reis estavam distantes de Deus, o altar do Senhor caiu no esquecimento e em ruínas. Quando o profeta Elias desafia os quatrocentos e cinquenta profetas de baal. Ele precisa antes de mais nada restaurar o altar do Senhor.
    O altar em ruínas significa que Israel tinha perdido sua fé em Deus. O povo deixou de crer naquele que tem o poder de realizar todas as coisas. O povo deixou de crer no Deus que livrou os seus antepassados do Egito e os trouxe à terra prometida.
    A Palavra do Senhor em Hb 11:6 diz:"De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna  galardoador dos que o buscam". Israel tinha perdido a fé em seu Deus, estavam direcionando-a a baal, por isso eles não se aproximavam de Deus, não criam mais na existência de Deus, e não estavam mais agradando o coração de Deus.
    O altar em ruínas significa que Israel tinha perdido o desejo de adorar ao único Deus. Israel perdeu a essência de adoradores, perderam o prazer de adorar o seu criador. A Palavra do Senhor em Jo 4:23 diz: "Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores". O altar em Israel estava destruído porque ali não havia adoradores. Possivelmente quando o Senhor olhava para Israel encontrava um povo ingrato, murmuradores e adoradores de um falso deus.
    O altar em ruínas significa que Israel tinha deixado de oferecer sacrifícios pelos pecados que cometiam, deixando de reconhecer os seus pecados, e em consequência dessa atitude deixaram de receber perdão de Deus. O texto de Lv. 11:45 diz: " Eu sou o Senhor, que vos faço subir da terra do Egito, para que eu seja o vosso Deus; portanto, vós sereis santo porque eu sou Santo." Neste texto Deus revela o desejo de ser Senhor de um povo santo, de um povo que busca a santificação. Israel tinha deixado de buscar essa santificação diante do Senhor. Israel estava imundo, mergulhados em seus pecados, e sabemos que o pecado não agrada a Deus e nos afasta de sua presença.
    Não estamos querendo que você construa um altar de pedras, a Palavra do Senhor em I Co 3:16 diz:     " Não sabeis que sois santuário de Deus e que o espírito de Deus habita em vós?" Somos santuário de Deus, e o altar deste santuário é o nosso coração. É em nossos corações que devemos ter fé em Deus, é com o nosso coração que devemos adorá-lo como ele merece, ou seja, adorá-lo em espírito e em verdade que é quando o adoramos em tempo e fora de tempo, nas alegrias e em tempo de tristeza, no deserto e no manancial, em tempo de guerra e em tempos de paz, no monte ou no vale, na presença de muitos e também na solidão, o verdadeiro adorador não olha as circunstâncias para adorar a Deus.
    E no nossos corações que é o verdadeiro altar, que devemos nos arrepender dos pecados que cometemos nos fazendo distanciar da presença de Deus. O arrependimento traz perdão e aproximação.
    É tempo de restaurar nossos corações na presença de Deus. Que tenhamos um coração restaurado na presença de Deus, um coração cheio de fé, louvor, gratidão e arrependimento diante do nosso Senhor e Salvador. 
    Não podemos deixar que aconteça com o nosso altar o que aconteceu com Israel, se esqueceram do altar do Senhor, e isso levou o altar a ruína, em consequência do esquecimento todo o Israel estava distante do Deus verdadeiro.
     

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

COMO ALCANÇAR O SUCESSO

    O desejo de alcançar o sucesso tem tomado conta de muitas pessoas em nossa sociedade, e nas nossas igrejas. Quanto a obter sucesso não vemos problema algum. Mas que tipo de sucesso queremos alcançar? O sucesso de TER ou o de SER?
    Você sabia que algumas igrejas tem contribuído bastante alimentando nas pessoas de forma exacerbada o desejo pelo sucesso, relacionado somente ao TER e não ao SER? Estamos falando de igrejas onde Jesus deixou de ser Senhor, e passou a ser servo de um povo que é ensinado a entrar em barganha de todas as maneiras com Deus, para que seu sonho de sucesso seja uma realidade.
    A ideia do homem natural de sucesso, está relacionada a quantidade, lucro, bens matérias. É assim que o homem natural enxerga o sucesso, ou seja, sucesso é igual a prosperidade. A ótica do homem natural o leva a enxergar o sucesso dessa maneira.
    Observando a Palavra de Deus no texto de Js 1:6-8, Deus nos revela como Ele enxerga o sucesso. No texto Deus revela o seu conceito de sucesso, e também nos dá uma diretriz para podermos alcançá-lo.
    Um homem de sucesso para Deus é aquele que cumpre os seus propósitos.
    V.6- "Sê forte e corajoso, porque tu farás este povo herdar a terra que, sob juramento, prometi dar a seus pais". Josué tinha que cumprir, o sonho de Deus que foi revelado a Moisés no Monte Horebe, cf Ex 3:8, onde Deus expressa o seu desejo de libertar o povo do Egito e levá-los até a terra prometida. Josué como substituto de Moisés deveria ser forte e corajoso, para enfrentar os desafios na terra da promessa lutando a frente do seu povo para conquistá-la.
    Um homem de sucesso para Deus é aquele que vive de acordo a Palavra de Deus.
    V.7- "Tão-somente sê forte e mui corajoso para teres o cuidado de fazer segundo toda a lei que Moisés meu servo te ordenou; dela não te desvies, nem para direita nem para esquerda, para que sejas bem sucedido por onde quer que andares". Precisamos ser fortes e corajosos, para vivermos de acordo a Palavra de Deus. Sim! Precisamos ter força e coragem, pois, a Palavra de Deus, está sempre nos confrontando. Os desejos carnais e nossas vontades estão sempre caminhando em direção contraria a Palavra de Deus e por isso precisamos ter força e coragem para lutar contra as nossas vontades e desejos, que na sua maioria da vezes, nos desvia dos propósitos de Deus.
    Que o Senhor nos dê força e coragem para dizermos não aos nossos desejos e vontades e permanecermos na Palavra de Deus sem se desviar nem para direita nem para a esquerda.
    O homem de sucesso para Deus é aquele que anuncia a sua Palavra, e que medita nela dia e noite.
    V.8a,b-"Não cesses de falar deste Livro da Lei, antes medita nela de dia e noite, para que tenha o cuidado de fazer tudo quanto nela está escrito". Em Sua instrução a Josué, Deus ressalta a importância de anunciar a sua palavra, Deus expressa o desejo de que sua Palavra seja anunciada no meio do seu povo. Fica então uma pergunta. Porque Deus deixa essa instrução? Sabemos que Israel ficou quarenta anos no deserto e nesta ocasião Israel já tinha autorização de Deus para entrar na terra prometida e tomar posse, mas não seria fácil, a terra estava ocupada, seria necessário Israel lutar para possuí-la. Somente a Palavra de Deus poderia encorajá-los e consolá-los em meios as guerras, somente a Palavra de Deus poderia renovar as forças do seu povo.
    Por fim, além da Palavra ser anunciada de forma constante, antes deveria ser meditada. Meditar significa ir a fundo, mergulhar descobrir o que não está na superfície. "Meditar na Palavra de Deus é o caminho no qual largamos de meramente conhecer Deus, para realmente conhecer Deus mais profundo".¹ J.L Palker
   Os v.7,8 termina dizendo: Então faras prosperar o teu caminho e serás bem-sucedido, ou seja, então serás um homem de sucesso.
    Sucesso na ótica de Deus, está relacionado com a sua Palavra. Se estamos dentro dos pensamento estabelecidos pela Palavra de Deus, podemos nos considerar, um homem bem-sucedido, cheio de sucesso.
    Você observou que sucesso não está relacionado a TER e sim a SER um bom praticante da Palavra de Deus.
    Pratique a Palavra de Deus, você obterá sucesso em todas as áreas da sua vida, e será conhecido diante de Deus como um homem de sucesso.